Sunday, April 14, 2013

35 Melhores Álbuns 2012 Part 2 (25 - 16)



A primeira vez que ouvi este álbum não fiquei muito bem impressionado. O facto da produção ter influências de rock não me estava a "entrar" bem. Mas depois de estranhar acabou mesmo por se entranhar, e é sem dúvida um grande álbum. O estranho flow e o esquema de rimas do Aesop assentam que nem uma luva nesta produção, que acaba por se tornar viciante. Diferente, mas brilhante!




Dos álbuns que só conheci nas listas de fim de ano, este foi sem dúvida o que mais me chamou a atenção. Sobre uma produção extremamente melódica e atmosférica, garantida pelo produtor luxemburguês Jesse James, os dois MC's (HexOne e Tek-Nition) falam de diversos tópicos interessantes: morte, conspirações do governo e os problemas da indústria musical. Sem dúvida uma grande experiência da qual não se deveriam privar.




Este duo rapper/produtor criou um dos melhores álbuns da última década, Bellow The Heavens. E a verdade é que sinto que algo vindo destes dois nunca pode ser mau. Apesar de não ser tão brilhante como o álbum de estreia, a produção do Exile mantém as suas influências soul e jazz que sempre nos habituamos a gostar, bem como as rimas inteligentes do Blu. 




Inspirado pelos tempos vividos em cativeiro, T.I. volta a mostrar-nos o porquê de se auto-intitular King of the South, depois de alguns projectos menos conseguidos. O rapper expressa-nos todos os problemas recentes da sua vida, arrependimentos, fama, experiências na prisão, demonstrando toda a sua angústia e raiva em relação aquilo que se passa à sua volta. Nenhuma música espelha tão bem o que é este álbum como a Sorry com o Andre 3000, uma das mais marcantes do ano transacto. 



No que à qualidade de conteúdo das rimas diz respeito, o Brother Ali está sem discussão no meu top 3. Quando soube que ele iria lançar um projeto com o produtor Jake One fiquei realmente entusiasmado, dado o talento que também reconheço a este artista. Sinceramente esperava que o álbum fosse ainda melhor do que é, não querendo com isto dizer que é mau, longe disso. Em termos de letras, o rapper não me desilude, abordando temas como política, pobreza, patriotismo, etc. Esperava apenas um pouco mais dos beats, mas não deixa de ser um projecto extremamente sólido, comprovado pelo seu lugar nesta lista.




O membro dos Outkast decidiu fazer experiências novas neste seu projeto. Mantendo nalgumas músicas a receita original do South (In The A), a verdade é que grande parte do álbum tem grandes influências de  pop eletrónico. Podem torcer o nariz à vontade, mas, pelo menos para mim, o resultado é bastante satisfatório. Tanto os beats como os refrões são bastante apelativos ficando na nossa cabeça durante algum tempo. Fica a sugestão de conhecerem esta nova refrescante, original e criativa faceta do Big Boi.




Se me conhecem minimamente sabem por certo que o Sean P é um dos meus rappers favoritos. Imaginem o meu deleite ao saber que ele iria lançar um novo álbum em 2012. Mas, sinceramente, fiquei ligeiramente desiludido com o projeto, daí aparecer tão em baixo na lista. As suas letras de constante batalha com qualquer pessoa que se lhe atravesse à frente mantêm-se intactas e com grande qualidade. Foi nos beats que não fiquei 100% satisfeito. Não me interpretem mal, a grande maioria das músicas são muito fortes mesmo, só não acho a produção do álbum em conjunto muito consistente. Os melhores beats são sem dúvida os do Alchemist, ficando no ar a ideia dum projeto conjunto, tenho a certeza que agradaria a muita gente!




Este é o último episódio da saga de projetos colaborativos entre o rapper e o produtor, e que bela forma de acabar. A produção do 9th nunca nos engana, simplesmente o rei da soul. E como sempre o Murs soa perfeito nos beats do produtor com o seu flow calmo, abordando temas como os gangs, religião, relações, etc. A música Tale Of Two Cities é uma grande amostra do que este álbum vos pode oferecer.



Outro produtor a brilhar em 2012. Esperem, produtor e MC! Foi um dos álbuns revelação do ano transacto. Para mim não foi nenhuma surpresa, pelo menos no que concerne à produção, que sempre foi de nível elevadíssimo na colaboração com outros MC's. No que toca às rimas, o rapper aborda assuntos, como a consumismo, o dilema fama vs. "keep it real", a crise económica, etc. Álbum muito bem executado por este artista, provando mais uma vez que o Mello Music Group está sempre em grande.




Bem, MMG outra vez a fazer estragos. O Apollo Brown tem sido nada menos que fantástico em tudo o que tem tocado nos últimos anos, e, felizmente, esta nova associação com o Guilty é mais uma vez proveitosa. O seu flow cadenciado serve perfeitamente os beats fortes e cheios de samples do produtor. Esta transcrição diz tudo do álbum: "Someone once said that life's a gamble. Kinda like shootin dice in an alley. The risk is high but the gain is higher, and when it's all said and done, you hold your breath and collect your dues. With lyrics that grip like a handful of ones, and beats that hit like ivory on cement, this album is just that, a Dice Game."

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